Conteúdos educacionais têm que instrumentalizar
Agora que você já sabe o que faz um conteúdo educacional mesmo, precisamos torná-lo rico, ou seja, bem ilustrado.
Adultos adoram exemplos, associações. Isso é uma arma poderosíssima para utilizarmos com nosso público, porque diferentemente de crianças e adolescentes, adultos têm muitas vivências e podemos aproveitar-nos disso. Não só isso, mas alunos adultos estão o tempo todo confrontando o que nós dizemos com o que eles vivenciaram.
Você não é capaz de lembrar em treinamentos que já participou no passado nos quais duvidou do que o palestrantes estava falando, por ter vivido coisas diferentes (e até mesmo opostas)? Isso acontece porque, mesmo que o instrutor tenha muita experiência e estudo, o exemplo (ou aplicação) que ele deu não coincidiu com sua experiência.
Ainda que adultos não gostem de muita enrolação, é importante dar contexto. E o contexto vem em duas formas:
A teoria por trás: de onde surgiu isso, quem tá dizendo isso? Muitas vezes, vem em forma da figura autoridade (eu tenho cargo X, portanto sei do que estou falando) ou de como aquilo surgiu mesmo, sua história (eu enfrentava X, aí tive que chegar a conclusão Y).
Exemplos. Nós adoramos praticidade e aplicabilidade. Não é à toa que livros técnicos que abordam um contexto tendem a ser recheados de exemplos – com a intenção de te ajudar a colocar aquele framework, ferramenta ou matriz em prática, o autor (ou autora) dá uma série de contextos diferentes. O framework aplicado em serviços. O framework aplicado em produtos. O framework aplicado em startups. E por aí vai.
O objetivo de dar contexto é aumentar o grau de heutagogia (próximo assunto), unindo com a instrumentalidade do conteúdo. Ou seja, fornecer instrução auto-aplicável.
Teremos uma aula pra entrar especificamente no roteiro.