Tipos de storyboard
Na essência, todo storyboard precisa apresentar a “história” de cada tela. Toda vez que o usuário carrega uma nova página, essa nova tela precisa estar dentro do storyboard. Os tipos de storyboard vão mostrando cada vez mais elementos dentro de cada história. Ou seja, ele vai do mais simples ao mais complexo.
Existem quatro tipos básicos de storyboards para cursos online: de baixa fidelidade, de média fidelidade, de alta fidelidade e protótipos.
É importante salientar que não existe um único jeito de montar storyboard. Cada empresa terá um padrão. Eu vou mostrar o meu jeito de fazer, mas com certeza ele será diferente para a Universidade X, a agência de design instrucional Y ou a escola Z.
Vamos entrar em cada um dos tipos de storyboard, show? Abaixo aqui na tela, você poderá navegar pelos tipos de storyboards e ainda ver um exemplo real, pronto para você utilizar na sua vida, ok?
Storyboard de Baixa Fidelidade
O storyboard de Baixa Fidelidade é o modelo mais simples de storyboard, ou em termos técnicos, de mais baixa fidelidade. Por que baixa fidelidade? Porque ele não mostra como será cada tela visualmente com todos os recursos, ele apenas descreve.
Ele vai conter apenas uma descrição em texto mesmo do que acontecerá em cada tela, qual mídia será utilizada e, claro, se haverá algum elemento interativo. Aqui, você não vai projetar onde ficará cada elemento. Portanto, é muito comum fazermos esses storyboards em documentos de word mesmo.
Ele é ideal para situações mais rápidas, quando o time está mais entrosado ou quando é um conteúdo mais simples – mas que ainda demanda planejamento. Por exemplo, neste curso de Storyboard eu estou trabalhando 100% solo nele. Logo, não havendo outras pessoas envolvidas e sendo ele simples, eu vou usar um storyboard de mais fidelidade justamente só pra eu me planejar em relação ao conteúdo que terei que produzir.
Storyboard de Média Fidelidade
Agora, um storyboard de média fidelidade é este que define os elementos por meio de blocos. Eles servem como uma representação espacial de onde cada elemento se encaixará e como ele será apresentado.
Como no exemplo aqui, você vai ver que existem diversos “códigos” e sinalizações. É super importante que essas convenções, de como usar cada quadro ou cor sejam acordadas ou estejam explícitas no próprio modelo. Claro, você pode optar por uma versão simplificada para iniciar com sua equipe ou mesmo apresentar para seu cliente. Mas vai por mim, você vai querer ter esses códigos porque aí facilita muito, além de economizar espaço em tela.
Um storyboard de média fidelidade, acredito eu, seja o balanço perfeito entre tempo gasto para montar o storyboard em si e os benefícios que ele traz. Por exemplo, um storyboard de baixa fidelidade não é nada visual. Já o de Alta fidelidade envolve a seleção de imagens para compor o cenário e já contém um planejamento em maiores detalhes do que conterá cada quizz, por exemplo. O protótipo, por final, já é a representação de como o ambiente estará para o aluno, logo, é o estágio mais próximo da versão final.
Storyboard de Alta Fidelidade
Agora para o storyboard mais complexo: o de alta fidelidade. A grande diferença entre esse storyboard e o de média é que o de alta contém mais elementos descritos. Aqui, provavelmente a equipe é maior. No exemplo que eu tô mostrando, você já vê as imagens que serão repassadas à equipe de animação e de programação. A divisão de tarefas, portanto, é maior. Eu, como profissional de DI, tenho que planejar o curso, mas não necessariamente eu entrego tudo.
Aqui, convenções e códigos são quase que obrigatórios para economizar tempo e acelerar o processo. O grande objetivo desse tipo de storyboard é que diversos atores responsáveis pela criação do conteúdo educacional consigam olhar e saber quais são suas tarefas e responsabilidades, sem a necessidade de intervir ou fazer perguntas extras – ainda, claro, que seja completamente normal elas acontecerem. Contudo, o seu papel ao montar um é economizar o máximo de tempo da equipe.
Protótipo
Por fim, visitamos o protótipo. Um protótipo, em sua definição, é um modelo preliminar de projeto. O protótipo pode vir de duas maneiras: ou você tem uma página navegável e interativa ou você tem um ambiente de homologação.
O protótipo navegável permite que você navegue pelas páginas do curso em um criador de protótipos, como o Figma, por exemplo.
Já o ambiente de homologação é um site de testes, usando linguagem simples. É um endereço, por exemplo, testes.dominio.com.br, onde eu posso colocar qualquer conteúdo com uma certa confiança de que ninguém vai ver ou, se algum bug acontecer, não vai afetar a navegação. Isso é muito comum em desenvolvimento de softwares, por exemplo, quando você não quer que os usuários, que tão usando neste exato momento o seu site, vejam o que você está planejando lançar ou mesmo se depare com versões inacabadas de recursos.
Trazendo para o conceito de design instrucional, você pode criar um ambiente de homologação, um ambiente de testes, uma réplica da sua plataforma, na qual você pode fazer o upload do seu curso e conteúdo. Assim, se você cometer algum erro, não irá afetar seus usuários. É comum criarmos cursos em um ambiente fechado primeiro antes de lançarmos. Essa já é a versão mais próxima da versão final, até porque o objetivo da versão de homologação é ser idêntica à versão final. Quando isso acontece, viramos uma chave e ela vai parar o ambiente de produção, onde o usuário tem acesso.
Claro, se você tem um LMS já pronto e configurado, você pode ir inserindo já os elementos num curso em rascunho e ir mostrando como está ficando e testar eventuais falhas ou mesmo validar o fluxo da experiência do aluno. Lembrando, claro, que o protótipo não faz parte do planejamento, ele já é a execução. Portanto, se seu projeto demanda um protótipo, provavelmente você irá combinar um ou mais storyboards. Certo? Ou no caso de você possuir um cliente com mais de um tomador de decisão – às vezes tem a pessoa que aprova e quem está investindo no projeto, que costuma ser o chefe do seu ponto de contato.